O CEO da Esquema Imóveis, Marco Túlio Vilela Lima, fala sobre os desafios e oportunidades deste novo ano para o mercado imobiliário
Quem não se surpreendeu com alguma coisa em 2022? Certamente foi um ano que trouxe alguns desafios para os mais variados segmentos, assim como oportunidades interessantes de realizar bons negócios.
No mercado imobiliário, especificamente, a expectativa era de um desempenho tranquilo. “Tivemos um ano muito forte e aquecido, em 2021, então imaginamos que haveria certa acomodação do mercado”, observa Marco Túlio Vilela Lima, CEO da Esquema Imóveis.
No entanto, as negociações imobiliárias se mantiveram aquecidas, principalmente no primeiro semestre. Por conta dessa movimentação, a Esquema Imóveis não apenas atingiu sua meta anual, como a superou. “Na verdade, começamos a perceber uma certa redução do movimento de leads a partir do mês de outubro, por conta das eleições”, comenta Túlio.
De acordo com o CEO, essa redução na demanda, que chegou a 40%, provavelmente ocorreu por conta do cenário de incerteza no país. No entanto, já a partir do mês de novembro, o volume de leads voltou ao normal.
Outro evento importante para os brasileiros, que tende a tirar um pouco o foco de quem está buscando imóveis, é a Copa do Mundo. “Neste final de ano, apesar da Copa, que provoca essa divisão de assuntos de interesse na mente dos brasileiros, já voltamos a perceber um aumento na demanda. Com certeza este tem sido um ano melhor do que havíamos projetado”, afirma.
O que esperar para 2023?
Segundo o CEO da Esquema Imóveis, o Brasil ainda passa por um período de alguma incerteza. “Acredito que todos estamos na expectativa de saber como vai ser a condução da economia no país”, diz Túlio.
Contudo, ele acredita que seja possível obter, em 2023, uma performance semelhante à deste ano. “O governo eleito tem um histórico mais desenvolvimentista, inclusive com o estado um pouco mais ativo, então isso pode trazer, no curto prazo, uma recuperação da atividade econômica. Mas ainda não sabemos como isso irá impactar o alto padrão”, ressalta.
O valor do dólar e a variação das taxas de juros, como já tem ocorrido, devem continuar influenciando o mercado imobiliário. “As taxas de juros, quando aumentam, têm uma correlação na aquisição de imóveis”, aponta Túlio. “A política fiscal do governo também acaba impactando as decisões do Banco Central.”
No que diz respeito ao dólar, o CEO da Esquema observa algumas nuances. “Se houver um aumento muito grande no valor do dólar, isso pode provocar inflação, no mercado interno”, explica.
“Mas, no altíssimo padrão, também se faz muita compra nessa moeda”, completa Túlio. “Quando o dólar aumenta, é como se nossos imóveis ficassem mais ‘baratos’ para quem está dolarizado, o que pode ser encarando como uma oportunidade, já que faz crescer a demanda.”
Desafios e recomendações
Para Túlio, em momentos nos quais não se tem muito controle, o desafio é olhar para dentro de seu próprio negócio. “Manter a Esquema Imóveis como referência no mercado de alto padrão é nosso maior desafio”, salienta. “Para isso, estamos sempre em um processo de mudanças e de evolução.”
O CEO destaca a importância de manter a presença e relevância da empresa no mundo digital, investindo pesado em atualizações e analisando constantemente o desempenho de anúncios nas redes sociais. “Isso demanda um acompanhamento muito próximo dos nossos especialistas, do nosso marketing, para que possamos nos manter sempre na vanguarda desse mercado.”
Outro ponto essencial é estreitar os laços com parceiros de negócios. “Nesses últimos 3 anos, o aquecimento do mercado imobiliário trouxe novos players, e estamos muito atentos a isso”, observa Túlio. Com a eventual estabilização, o mercado tende a se tornar mais competitivo, o que tornará necessário investir mais em nosso marketing. Isso é algo que podemos controlar: nossa própria empresa.”
Outra constatação que tem se mostrado bastante verdadeira é que, em momentos de incerteza econômica no país, investir em imóveis pode ser uma segurança, uma proteção do seu patrimônio. “Isso faz parte, inclusive, da cultura do brasileiro. É uma forma ficar mais tranquilo, já que um imóvel sempre foi considerado uma ‘apólice de seguro’, porque não costuma perder valor – pelo contrário, sua tendência é valorizar”, conclui o CEO.