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Arthur Casas: modernidade e amplitude

Com projetos que se destacam pelos espaços abertos e linhas retas, o arquiteto se tornou um dos grandes nomes de sua geração

 

Do objeto para a paisagem, de dentro para fora – esse é o conceito por trás do processo criativo do Studio Arthur Casas, um dos mais conceituados escritórios de São Paulo, principalmente no que se refere à arquitetura residencial. Sempre trabalhando em uma escala de horizontalidade, os projetos do arquiteto paulistano trazem um estilo contemporâneo e cosmopolita, mesmo quando inseridos em um cenário bucólico.

Nascido em São Paulo, em 1961, Arthur Casas começou a se interessar pela arquitetura desde muito cedo. Filho de um marceneiro, ele esboçava suas primeiras plantas de casas enquanto ajudava o pai em seu ofício. Em 1983, formou-se em arquitetura pela Universidade Mackenzie de São Paulo. Ainda na década de 1980, montou seu próprio escritório e começou a atuar em projetos de interiores.

Aos poucos, seu trabalho passou a ganhar atenção, por aspectos como a funcionalidade e a elegância dos projetos, levando em consideração não somente a estética das obras, mas o ser humano que usufrui delas. Para ele, um projeto arquitetônico deveria, acima de tudo, surpreender.

 

Casa com projeto Arthur Casas na Praia da Baleia, em São Sebastião/SP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O início de sua carreira foi influenciado por grandes arquitetos modernistas brasileiros, como Oscar Niemeyer. Outra influência foi a própria capital paulista, com suas linhas retas e estruturas de concreto, com amplos vãos. Para Arthur Casas, estilos como o neoclássico não refletem a identidade brasileira. Sua proposta vai muito mais de encontro a uma arquitetura que reinventa as construções, adaptando os projetos de acordo com a época e com a identidade do local em que estão inseridos.

 

Casa com projeto Arthur Casas no Jardim Europa, em São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Studio Arthur Casas foi fundado em 1999. Hoje, é um estúdio famoso não apenas no Brasil, mas com projetos em cidades como Nova York (onde também possui escritório), Tóquio e Paris, marcados por um estilo que é reconhecido e apreciado mundialmente. Detalhista e vanguardista, com um olhar multifacetado para seu trabalho, o arquiteto e seu estúdio já receberam prêmios nacionais e internacionais – como o World Architecture Festival, Best of Year, iF Design Award, Frame Awards, Red Dot Design Award, Leaf Awards e Architecture Masterprize.

Além de visualmente arrebatadores, os projetos criados por Arthur Casas mostram uma preocupação com a sustentabilidade, a responsabilidade ambiental, a tecnologia e a interatividade com o público. Segundo ele, o indivíduo deve estar no centro da arquitetura. Nesse sentido, foi influenciado pelo francês Le Corbusier, um dos pilares do movimento modernista, que acreditava que uma obra arquitetônica precisa dialogar com seu entorno e também com seus usuários.

 

Apartamento com projeto Arthur Casas em Moema, São Paulo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Minha ambição permanente é desenhar itens realmente necessários, considerando o conforto de quem vai usá-los e, claro, meu particular conceito de beleza.” – Arthur Casas

 

Entre os principais projetos de Arthur Casas podem ser citados o Restaurante Kaá, em São Paulo; a Casa MS, na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz/SP; o projeto de requalificação urbanística do Centro Histórico Largo do Pelourinho, em Salvador/BA; o Emiliano Rio Hotel, no Rio de Janeiro/RJ; o Condomínio Baleia, em São Sebastião/SP; o Pavilhão Brasileiro na Expo Milão 2015, na Itália; a Loja Alexandre Herchcovitch, em Tóquio, no Japão; o edifício Praça Henrique Monteiro, em São Paulo; e a sysHaus, também em São Paulo.

 

A arquitetura de Arthur Casas busca uma harmonia entre a obra, o entorno e os usuários

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No centro da obra do arquiteto está a busca constante por unir conforto, sustentabilidade e sofisticação. Arthur Casas acredita em uma arquitetura que não se guie por tendências, mas que siga um conceito de construção flexível, empática e repleto de possibilidades de interação, capaz de transformar a vida das pessoas que ocupam os espaços projetados por ele. Afinal, a percepção de um ambiente acontece em uma totalidade, não somente por meio dos olhos, mas envolvendo todos os sentidos humanos.

 

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