Novos projetos que contemplam áreas de uso público estão ganhando o coração dos paulistanos
Os Privately Owned Public Spaces, conhecidos como POPS, são espaços públicos de propriedade privada que nasceram da necessidade de áreas de lazer e fruição em regiões urbanas. Trata-se de uma estratégia do poder público em incentivar a criação desses espaços em imóveis privados, tornando-se interessante não apenas para o município no que diz respeito ao planejamento de cidade para as pessoas, mas também para os proprietários dos imóveis disponibilizados.
Isso porque são oferecidos incentivos para as respectivas instalações, como a possibilidade de acréscimo de potencial construtivo ou desconto em taxas, além da outorga onerosa do direito de construir, no Brasil. Às incorporadoras, a estratégia também se mostra vantajosa, uma vez que o potencial construtivo dos projetos aumenta significativamente.
Nova Iorque, pioneira na estratégia, incluiu a permissão e incentivo aos POPS na sua legislação de zoneamento urbano no ano de 1961. Com quase 600 exemplos de espaços públicos de propriedade privada, a cidade passou a influenciar diretamente na consolidação da estratégia no Brasil, que também foi impactado pela mesma implantação em outras grandes cidades adeptas, como Londres e Hong Kong.
POPS no Brasil
Nas terras brasileiras, embora já existissem experiências como o vão do MASP, o incentivo por meio de bônus construtivos e a regulamentação dos POPS começaram a aparecer mais recentemente na legislação urbanística. Aqui, ganharam denominações de “espaços de fruição pública”, pelo Plano Diretor de São Paulo de 2014 e revisão do Plano Diretor do Rio de Janeiro de 2021, ou “gentileza urbana”, pelo Plano Diretor de Belo Horizonte de 2019.
POPS em São Paulo
No Plano Diretor de São Paulo (2014), a Lei de Uso e Ocupação do Solo (2016) coloca os espaços de fruição pública como um grande incentivo ao diálogo entre ambas esferas (pública e privada). Há, no entanto, algumas premissas para que esses projetos sejam implantados, como o acesso irrestrito da população.
Além disso, é de importante destaque que a aplicação do incentivo vale para “centralidades e eixos de estruturação da transformação urbana”. Aqui, ainda que os exemplos de espaços de fruição pública não sejam tão numerosos, percebe-se um encaminhamento maior em direção à regulamentação, o que certamente resultará em maior difusão dessas áreas.
Empreendimentos de alto padrão com áreas de uso público
Com a crescente busca por imóveis de alto padrão e com diferenciais cada vez mais relevantes, surgem projetos de excelência que oferecem não somente o melhor luxo e sofisticação, mas a experiência de lazer, contemplação, vizinhança e cultura. Quanto a isso, destacamos dois empreendimentos singulares que se sobressaem em numerosos sentidos.
Inspirado na sensação de descoberta e na conexão com a natureza, nasce o projeto JK Square Residence. O empreendimento oferece uma praça que forma o seu porte-cochère com imponentes escadarias e um riacho que serpenteia até um bosque localizado atrás do lobby. Com toda a sua elegância, dispõe de espaços que permitem o uso público e contribuem para o cenário cultural da cidade.
A base da torre residencial e do hotel conta com espaços internos e externos e fachadas que utilizam vidro para maximizar a vista do Parque Ibirapuera e das redondezas, oferecendo uma atmosfera onde a natureza se funde com a vida urbana.
Com a arquitetura de Pablo Slemenson, projeto de paisagismo de Benedito Abbud e decoração de João Armentano, O Praça Lindenberg é um empreendimento moderno e sofisticado com inspirações na atmosfera de Nova Iorque. Como ponto de encontro entre dois condomínios independentes, o projeto oferece uma praça de natureza exuberante, unindo a sua elegância e exclusividade ao conceito de uso público.
Em uma cidade cosmopolita como São Paulo, localizado entre dois dos mais importantes parques, o Parque Ibirapuera e o Parque do Povo, além de contar, em seu planejamento, com renomados profissionais, o Praça Lindenberg Itaim é um exemplo único de como unir excelência, exclusividade e o valor de se oferecer, ainda, um dos mais belos espaços de fruição pública.