Arcos, colunas e integração com elementos da natureza são algumas das características desse fascinante estilo arquitetônico
A arquitetura inspirada no estilo mediterrâneo remete à estética construtiva dos países da região que é banhada pelo Mar Mediterrâneo, como Turquia, Espanha, Grécia, Itália e Marrocos, onde os invernos costumam ser suaves e os verões quentes e secos. Esse estilo é uma mistura de arquiteturas, principalmente de origem europeia, tendo como foco a simplicidade dos espaços.
Os Estados Unidos foi um dos países que mais se destacaram por reinventar a arquitetura mediterrânea, que teve seu auge na América nos anos 1920, quando houve um boom na construção de resorts à beira-mar inspirados nesse estilo. Regiões de clima mais ameno, como a Califórnia e a Flórida, mostraram-se ideais para casas e hotéis com toques mediterrâneos.
Alguns dos elementos mais marcantes desse estilo são o uso de madeira, paredes em cores claras e integração entre o interior e o exterior. Os telhados, em geral, são cobertos por telhas avermelhadas (em terracota), com as paredes em tijolos ou estuque. Detalhes em pedras, portas esculpidas e acabamentos ornamentais de metal nas janelas ou sobre balcões também são características muito comuns.
Entre as arquiteturas que formam a base do estilo mediterrâneo utilizado em projetos residenciais, são três as principais influências:
– Renascença Italiana: O estilo renascentista é marcado por colunas e arcos arredondados.
– Renascença Espanhola: Esse estilo é influenciado pela arquitetura colonial espanhola, geralmente empregando linhas simples e limpas, com telhado baixo.
– Arquitetura mediterrânea contemporânea: A proposta é dar um toque moderno ao estilo tradicionalmente mediterrâneo, com plantas mais espaçosas e abertas, tendo como foco ambientes que trazem a área externa para dentro de casa.
Os desafios de adaptar a arquitetura mediterrânea tradicional aos tempos modernos estão, principalmente, em adequar esse estilo às necessidades e demandas da vida atual. Antigamente, na região do Mediterrâneo, os espaços internos das casas eram menores e mais intimistas, sendo o teto rebaixado uma característica muito frequente. Hoje, a tendência é criar ambientes que passem uma impressão de amplitude, preferencialmente com pé-direito alto e grandes janelas.
A chave para espaços agradáveis, com inspiração mediterrânea, é a simplicidade. Para que o aspecto do ambiente pareça coeso, é preciso que os detalhes sejam acrescentados de forma sutil. A mesma dica vale para a decoração, levando em conta a simetria e a harmonia dos elementos.
Arcos e colunas trazem bastante informação visual, assim como tijolos aparentes ou pedras, por isso a ideia é manter a leveza nos demais elementos arquitetônicos. Pintar todas as paredes de uma mesma cor ou utilizar o mesmo tipo de piso na maior parte dos cômodos pode ser uma estratégia para unificar os espaços.
O uso de madeiras escuras também é comum no estilo mediterrâneo, por isso vale apostar em móveis e objetos mais claros e neutros, com tecidos leves, inserindo alguns itens de cores vivas estrategicamente posicionados. O estilo traz muitas referências da natureza, com seus tons terrosos, remetendo também às cores do céu e do mar; por isso, um design de interiores mais rústico ou minimalista pode cair muito bem nesse tipo de ambiente. A ideia é criar espaços agradáveis e atemporais, que transmitam a sensação, ao mesmo tempo, de frescor e aconchego.