Conheça o projeto Urban Futurability, que busca transformar a Vila Olímpia em um bairro totalmente digital
Imagine uma cidade totalmente moderna e digital, em que a infraestrutura de energia é controlada de forma minuciosa e fazendo uso da mais alta tecnologia, para aumentar a eficiência e promover a sustentabilidade. Esse futuro já chegou a São Paulo, mais precisamente ao bairro da Vila Olímpia, com o projeto Urban Futurability. A iniciativa, lançada pela Enel, busca inovar as comunicações digitais na região, graças a uma Network Digital Twin, ou seja, uma réplica virtual e dinâmica dos ativos que compõem as redes de energia e seus arredores.
Outro investimento está na rede física subterrânea, com a retirada de cabos externos e postes, além do plantio de árvores. O projeto abrange ainda propostas para incluir medidores inteligentes de energia, iluminação LED (com sistema inteligente instalado nas ciclovias) e ônibus elétrico na região. A Enel estuda, também, a implantação de outras tecnologias de última geração no local, como Wifi público, sensores e câmeras.
A Vila Olímpia, que até os anos 1930 era apenas um bairro rural da área metropolitana, com o passar das décadas e o desenvolvimento urbano acabou se tornando o Silicon Valley paulistano (o Vale do Silício na Califórnia, Estados Unidos, é onde estão situadas algumas das maiores empresas de alta tecnologia do mundo). Hoje, o bairro já é um dos principais centros financeiros do Brasil, sediando empresas multinacionais e grandes conglomerados corporativos, além de contar com alguns dos melhores condomínios residenciais de alto padrão da cidade.
A escolha da localização geográfica do projeto não foi feita ao acaso, mas de maneira consciente: São Paulo é a capital econômica do Brasil e a maior cidade do hemisfério sul. Nesta importante metrópole, a Vila Olímpia se destaca como um dos bairros mais modernos e tecnológicos, ou seja, um lugar perfeito para lançar esse exemplo positivo de digitalização no fornecimento de energia.
Modelo digital da rede elétrica
No coração da iniciativa está a criação da primeira Network Digital Twin da América do Sul. Trata-se de um modelo digital 3D que reproduz fielmente a infraestrutura elétrica, desde os elementos físicos até as mais complexas dinâmicas e processos. A simulação tridimensional é possível graças a quase 5 mil sensores instalados na rede, cada um deles transmitindo informações em tempo real sobre o status da distribuição de energia. Essa rede digital é um exemplo da tecnologia 4.0, em sintonia com as inovações tecnológicas, a automação e a inteligência artificial.
Entre os fatores positivos do projeto está a melhora na qualidade do serviço oferecido aos usuários da região. Por exemplo, a representação em 3D facilita as inspeções à rede física, os serviços de manutenção e reparos, que podem ser realizadas com o auxílio de realidade aumentada. É possível, inclusive, prever riscos e evitar problemas com antecedência, com base nos fatores detectados pelo sistema.
O conceito envolve o desenvolvimento de um ecossistema urbano aberto e compartilhado, que é possível graças à evolução das plataformas digitais. Por meio delas, informações e dados sobre a infraestrutura elétrica estão disponíveis para acesso e análise em tempo real, aumentando a eficiência e a resiliência dos equipamentos, além de reduzir o consumo de energia. Essa verdadeira revolução energética está alinhada ao que a maioria das pessoas busca para suas vidas, atualmente: formas mais sustentáveis, inteligentes e ambientalmente adequadas de morar e de trabalhar.
As grandes cidades são responsáveis por dois terços do consumo de energia global e por 70% das emissões de gás carbônico (CO2). Elas também são os locais mais vulneráveis à crise climática do planeta. Nesse sentido, as redes elétricas digitais são investimentos relevantes e necessários para a infraestrutura urbana. Elas precisam ser flexíveis e ao mesmo tempo duradouras, preparadas para suportar eventos inesperados e extremos, incluindo condições externas desfavoráveis relacionadas ao clima e à temperatura.
As redes elétricas digitais também permitem que fontes renováveis de produção de energia sejam integradas e até mesmo encorajadas, para que os usuários tenham um papel ativo e não sejam apenas consumidores, mas contribuam com a coletividade por meio de painéis fotovoltaicos para captação de energia solar, reduzindo sua pegada de carbono e o dano ao meio ambiente.
Adeus aos cabos externos e postes
Atualmente, a região da Vila Olímpia já conta com mais de 15 quilômetros de cabos subterrâneos. Aproximadamente 5 quilômetros ainda serão enterrados em 26 vias, resultando na retirada de centenas de postes, com a remoção de cerca de 25 toneladas de cabos de telecomunicações. Muitos desses postes estão sendo substituídos por árvores, semelhante ao que foi feito na Rua Oscar Freire. Vale ressaltar que todos os postes removidos passarão por um processo de reciclagem, com reaproveitamento do ferro e do concreto.
Essa atualização da rede possibilitará que ela suporte uma complexidade maior de carga. Todo o monitoramento e otimização de serviço será feito de forma segura e rápida, através de smartphones e tablets. Sensores de aproximação permitirão ao líder operacional de campo a visão completa dos profissionais próximos às atividades realizadas na rede elétrica, agilizando as tomadas de decisão e dando mais segurança tanto para os profissionais quanto para a população.
No que diz respeito às transições estruturais, as câmaras dos transformadores subterrâneos, normalmente de concreto, passarão a ser feitas de materiais mais sustentáveis, como plástico reciclado. Também está em desenvolvimento um transformador seco, que não utilize óleo mineral. Em um segundo momento, o projeto prevê a incorporação de soluções de mobilidade elétrica, mobiliário urbano conectado e iluminação inteligente na Vila Olímpia. A ideia é que essa iniciativa inspire e conscientize outras regiões a se transformarem e atualizarem suas formas de pensar o desenvolvimento urbano.
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