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A hora e a vez do Itaim Bibi

Região de alta concentração de renda, com empreendimentos comerciais e residenciais, o Itaim Bibi tem atraído jovens profissionais e investidores

 

Inspirados nos Yuppies (abreviação para Young Urban Professional, jovens executivos do mercado financeiro e corporativo norte-americano, em especial da cidade de Nova York), os paulistanos criaram sua própria denominação: os Faria Limers.

A princípio, o termo se referia aos jovens que trabalhavam na região da Faria Lima, muitas vezes se deslocando pela movimentada avenida de terno e gravata, em seus patinetes.

Com a mesma rapidez com que o mercado muda, o estereótipo do Faria Limer também foi se transformando. Mas a expressão ainda é usada como uma brincadeira pelos próprios executivos da região do Itaim Bibi, profissionais com rotinas de trabalho intensas, mas que também apreciam boas opções de entretenimento e qualidade de vida.

 

Perspectiva do empreendimento Heritage, no Itaim Bibi

 

Morar perto do trabalho

Um dos maiores atrativos do Itaim Bibi, para quem atua profissionalmente na região da Faria Lima, é a possibilidade de morar bem, mas mantendo a proximidade do local de trabalho.

“O Itaim Bibi foi um dos precursores em misturar área comercial com residencial. Antes, as pessoas buscavam mais moradias nos subúrbios, em bairros de casas, como Cidade Jardim”, explica Marcelo Alcântara, sócio diretor da Esquema Imóveis.

 

Apartamento em uma das melhores ruas do Itaim Bibi

 

Assim como a Avenida Paulista, uma região pulsante e dinâmica da cidade de São Paulo, o Itaim Bibi tem um perfil que une empreendimentos residenciais a escritórios, restaurantes e opções de lazer.

“Em um mesmo quarteirão, o bairro entrega o local de trabalho, de moradia e um bom lugar para jantar. É como um organismo vivo, em que a vida vai se entrelaçando”, ressalta Marcelo.

 

 

Nova York como inspiração

Para o sócio diretor da Esquema Imóveis, a cidade de Nova York pode ser vista como uma referência de metrópole que consegue integrar de forma harmoniosa o trabalho e a moradia.

Para os nova iorquinos, é normal encontrar prédios de uso misto: condomínio de apartamentos, junto com escritórios, hotel, restaurante… Esse mix de funções é o que torna a cidade interessante e fluida.

“Em São Paulo, um movimento semelhante começou depois da Nova Faria Lima e ainda está acontecendo com os lançamentos que têm surgido atualmente”, observa Marcelo.

Essa nova configuração do polo financeiro paulistano foi impulsionada pela Operação Urbana Faria Lima, que captou recursos para a infraestrutura da região.

Empresas de tecnologia passaram a se instalar no bairro, a partir dos anos 2000, e investimentos foram feitos em mobilidade urbana (como metrô e ciclovia). Depois disso, foi a vez dos bancos e grandes corretoras.

Hoje, entre as principais atrações do bairro estão prédios icônicos, como o Pátio Malzoni (onde se encontra a Casa Bandeirista) e o Faria Lima 3.500, restaurantes como o Trattoria Fasano, Nino Cucina & Vino, Ohka e Ohkinha e o Bar Espírito Santo, além do Parque do Povo e da Arena XP.

 

Edifício Pátio Malzoni (Foto por Marcelo Justo para Veja São Paulo)

 

 

O boom do mercado imobiliário

Nas últimas décadas, foram construídos cerca de 10 milhões de metros quadrados no Itaim Bibi. Além disso, entre as 15 ruas mais valorizadas da cidade, três estão na região: a Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, a Rua Clodomiro Amazonas e a Rua Doutor Mário Ferraz.

Mas, segundo Marcelo Alcântara, embora estejam surgindo diversos lançamentos em diferentes fases de projeto e construção no bairro, também já existe ali um mercado imobiliário bastante consolidado, com uma grande abundância de prédios residenciais.

“É interessante considerar o aspecto dos imóveis prontos, quando falamos em um preço médio de metro quadrado no Itaim Bibi. De fato, há empreendimentos de altíssimo padrão, recém-lançados, que chegam a R$ 40 mil ou até R$ 80 mil por metro quadrado. Mas também há diversos edifícios que foram construídos entre os anos 1980 e 1990, que apresentam uma média de valor entre R$ 10 e 20 mil”, explica.

 

No Itaim Bibi, há muitos imóveis já prontos para venda ou locação

 

Empreendimento Figueira Leopoldo, um lançamento no Itaim Bibi

 

Perfil dos moradores

O perfil do público que busca imóveis nessa região, de acordo com o sócio diretor da Esquema Imóveis, é bastante diversificado. “O comprador de lançamento, hoje, tem um perfil de executivo ou empresário entre 35 e 50 anos”, comenta.

Marcelo destaca que, por ser um bairro tradicional de São Paulo, o Itaim Bibi também tem muitas famílias, que já possuíam imóvel na região antes de ela passar a ser procurada por esse novo perfil de usuário.

“Já os lançamentos são pensados para pessoas mais jovens, solteiras, ou casais com filhos pequenos. São apartamentos mais compactos, com 3 a 4 quartos e área de lazer completa”, afirma Marcelo.

São muito procurados, no bairro, edifícios de alto padrão com ampla estrutura de lazer, incluindo quadra de tênis, piscina, academia, spa e brinquedoteca. “Como se trata de um local extremamente adensado, é raro encontrar prédios com essas características, pela dificuldade de incorporar terrenos.”

 

Área de lazer do empreendimento Heritage

 

O sócio diretor da Esquema Imóveis acrescenta que o Itaim Bibi se destaca ainda, no mercado imobiliário da capital paulista, por ser a região com maior renda per capita do Brasil. “É onde estão concentrados os prédios mais caros de São Paulo.”

Essa localização também atrai quem deseja investir. “O bairro está no quadrilátero da cidade onde a variação de preço é como um seguro para o investidor. Independentemente do que acontecer, você está no epicentro da economia do país”, observa.

 

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