Uma das festas mais importantes para os cristãos, a celebração da ressurreição de Jesus Cristo é comemorada entre março e abril, no primeiro domingo depois do equinócio de primavera no hemisfério norte. O sentido maior desse dia é o triunfo sobre a morte.
Para os cristãos, a vida eterna é garantida àqueles que creem em Jesus, por meio de sua ressurreição. O fato de ele ter sido crucificado e, no terceiro dia, ressuscitado dos mortos, seria uma prova de que era o salvador enviado por Deus. Por isso, a festa celebra a pedra fundamental da religião cristã.
O domingo de Páscoa é comemorado depois da quaresma, um período de quarenta dias no qual é comum fazer jejuns e penitências para relembrar o sacrifício de Jesus e se arrepender dos pecados. A quaresma se inicia na quarta-feira de cinzas (no Brasil, logo após o carnaval) e termina na sexta-feira santa, que simboliza o dia da crucificação de Jesus.
A Páscoa cristã tem suas origens no judaísmo, com o Pessach. De acordo com o Novo Testamento da Bíblia, Jesus (um judeu) celebrou sua última ceia com os apóstolos e foi crucificado justamente nos dias em que era comemorado o feriado judaico em Jerusalém. No entanto, no século IV, o imperador Constantino declarou que o fator que determinaria a data da Páscoa para os cristãos seria o equinócio de primavera, não a celebração judaica.
Nos dias de hoje, alguns símbolos se tornaram comuns na época de Páscoa, como o coelho ou os ovos. Mas como foi que um coelho distribuindo ovos se tornou uma referência desse feriado cristão? As origens estão nas celebrações pagãs e remetem à fertilidade. Afinal, a Páscoa acontece na primavera do hemisfério norte e celebra a renovação da vida.
A tradição dos ovos (que também são considerados símbolos de vida) veio de costumes europeus. As crianças faziam ninhos para os coelhos e os escondiam, para depois encontrá-los cheios de ovos coloridos. Com o tempo, os ovos foram substituídos por doces, particularmente chocolates.
Assim como o Pessach judaico, a Páscoa cristã traz um sentido de superação, renovação e libertação. Depois de um período de sacrifícios, vem a celebração da vida nova. Neste momento conturbado pelo qual temos passado, é válido observar a mensagem mais importante desse feriado: que, mesmo após o sofrimento, é possível encontrar redenção.
Dica:
A Paixão de Cristo (2004)
Dirigido por Mel Gibson e protagonizado por Jim Caviezel, o filme é inspirado nos quatro Evangelhos da Bíblia e relata a condenação, tortura, crucificação e morte de Jesus Cristo. Embora tenha sido considerada uma versão bastante violenta desses eventos, o longa se destaca pelo realismo e sensibilidade, com todos os diálogos em aramaico, latim e hebraico. Foi um grande sucesso de bilheterias e recebeu três indicações ao Oscar (melhor fotografia, melhor maquiagem e melhor trilha sonora original).