Entenda as oportunidades e os riscos do mercado imobiliário que começa a se expandir no Metaverso
A expansão do Metaverso já se tornou uma constante, no mundo conectado em que vivemos. Mas como esse ambiente online imersivo pode impactar os negócios, em especial no mercado imobiliário?
Primeiramente, é preciso entender o conceito por trás dessa ferramenta que foi definida pelo magnata da tecnologia Mark Zuckerberg como a “próxima fronteira” das redes sociais.
O Metaverso foi criado como um espaço virtual 3D, para conectar os usuários em todos os aspectos de suas vidas, com oportunidades de interação extremamente realistas – incluindo realidade virtual (VR) e aumentada (AR).
Grandes empresas, como Google, Microsoft, Alibaba, NVIDIA, Hyundai, Gucci e Boeing já perceberam o potencial do Metaverso e têm investido nele.
No caso do mercado imobiliário, tudo é muito novo. Por isso, investir em propriedades virtuais ainda parece um grande risco. Mas, para quem aposta na evolução dessa tecnologia, também pode ser muito lucrativo.
Imóveis no Metaverso
Propriedades alocadas no Metaverso são “pedaços de terra” em um mundo virtual. De forma simplista, são pixels. Porém, vão muito além de meras imagens digitais.
Um imóvel no Metaverso é composto por um espaço programável em uma plataforma de realidade virtual, onde as pessoas podem socializar, jogar, vender NFTs (tokens não fungíveis), fazer reuniões, participar de eventos virtuais e várias outras atividades.
Com o crescimento do Metaverso, o mercado imobiliário digital também tem uma expectativa de expansão. Na verdade, houve um boom na venda de imóveis virtuais nos últimos meses de 2021, quando o Facebook mudou seu nome para Meta e mostrou interesse nesse ambiente de interação.
Ainda hoje, a popularidade do Metaverso continua crescendo e a previsão de valorização do mercado imobiliário virtual é de mais de 30% até o ano de 2028.
Garantindo seu espaço
Imóveis no Metaverso permitem aos usuários terem um lugar para se conectarem com outras pessoas. Nesse sentido, uma das formas de monetizar esse espaço é cobrar por seu acesso.
No caso de marcas, elas podem usar as propriedades virtuais para anunciar seus serviços, lançar produtos e proporcionar experiências únicas para seus consumidores.
Isso quer dizer que, para investidores do mercado imobiliário, essas parcelas de terreno digital (assim como ocorre no mundo real) também podem ser alugadas ou incorporadas para desenvolvimento.
E como é comprado um imóvel, no Metaverso? Basicamente, a compra funciona de forma semelhante a adquirir um NFT. A “escritura” dessa propriedade é um pedaço de código único, em uma blockchain (sistema que permite rastrear o envio e recebimento de informações pela internet).
Como na vida real, também existem corretores de imóveis no Metaverso e conseguir uma boa localização é a prioridade dos clientes. A única exigência, para o comprador, é que ele possua uma carteira digital, com criptomoedas suficientes para a compra desejada.
Os donos do Metaverso
A maior parte dos imóveis no Metaverse pertence a um grupo de empresas chamado Big Four. Entre essas plataformas estão a Sandbox, Decentraland, Somnium Space e Cryptovoxels. Elas são donas de mais de 260 mil “pedaços de terra”, que estão entre os mais caros do mercado.
O rapper Snoop Dogg, por exemplo, comprou da Sandbox uma réplica digital de sua mansão bem no meio do Metaverso e chamou o terreno de Snoopverse. Seus vizinhos virtuais incluem o DJ Steve Aoki e diversos empreendimentos da Atari.
Embora o futuro do Metaverso ainda seja uma incógnita, ele pode ganhar tração com a próxima geração de usuários da internet. Se esse for o caso e a plataforma se tornar, de fato, um local de socialização e negociação, o potencial do mercado imobiliário digital certamente será imenso.