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De olho no futuro

Tecnologias de realidade virtual e aumentada possibilitam experiências impressionantes sem sair do lugar

 

Imagine estar sentado em uma sala, observando tubarões no fundo do mar, como se estivesse em um mergulho. Ou então viajar para qualquer país do mundo que você quiser e ver as paisagens mais incríveis com um simples toque no cursor, tudo isso em três dimensões. Essas são algumas das experiências imersivas que os óculos de realidade virtual e realidade aumentada proporcionam.

Essa tecnologia é tão abrangente porque as experiências proporcionadas por ela são tratadas como verdade pelo cérebro, fazendo com que o usuário se sinta transportado para outros lugares. O tempo, a distância e as regras da física não se aplicam a esses ambientes. Isso quer dizer que não há limites para as possibilidades desses dispositivos tecnológicos no mundo em que vivemos; tudo é uma questão de criatividade para explorar os recursos dos dispositivos.

 

 

Qual a diferença entre VR e AR?

Virtual reality (VR), ou realidade virtual, é uma experiência em forma de simulação, que pode ser semelhante ao que vemos no mundo real ou totalmente diferente dele. Atualmente, os headsets (óculos especiais, com fones) geram imagens, sons ou até mesmo sensações (vibrações, por exemplo) extremamente realistas, que fazem com que o usuário sinta como se estivesse fisicamente presente naquele ambiente virtual. Por meio desse equipamento, a pessoa pode olhar ao redor de um mundo artificial, em 360 graus, movimentando-se dentro dele e interagindo com as ferramentas virtuais disponíveis.

 

Virtual reality (VR)

 

augmented reality (AR), a realidade aumentada ou estendida, é um tipo de experiência virtual que interage com os ambientes do mundo físico. Nesse caso, objetos reais são realçados por informações geradas por computador, em modalidades sensoriais diversas – incluindo percepções visuais, auditivas, táteis ou até mesmo olfativas. Os headsets de realidade aumentada acrescentam elementos ao ambiente ou mascaram objetos reais, apresentando camadas de novas informações que podem ser manipuladas, o que torna a experiência uma mistura entre realidade e simulação; diferente da realidade virtual, que “substitui” completamente o mundo real por outro, criado digitalmente. Um exemplo de realidade aumentada na indústria do entretenimento é o jogo Pokémon Go.

 

Augmented reality (AR)

 

O jogo Pokémon Go utiliza recursos de realidade aumentada

 

Dos jogos à construção civil

Embora as tecnologias de VR e AR tenham ganhado popularidade apenas nas últimas décadas, experimentos com simuladores interativos já existiam desde os anos 1930. O norte-americano Edward Albert Link foi um inventor que se destacou por criar um dos primeiros equipamentos de realidade virtual, utilizado por pilotos para praticar voos. Os sistemas de realidade aumentada se concretizaram, de fato, no início dos anos 1990, tendo como pioneiro o Virtual Fixtures, desenvolvido no laboratório Armstrong da Força Aérea dos Estados Unidos. Como, na época, os gráficos em 3D eram muito limitados para apresentar imagens fotorrealistas e com registro espacial, foi desenvolvida uma espécie de roupa robótica para a parte superior do corpo, que era “vestida” pelo usuário. Desse modo, era possível manipular os controles e executar tarefas de forma remota.

A partir dessa tecnologia, a indústria de entretenimento passou a desenvolver, com grande sucesso, experiências em jogos imersivos. Mas a realidade virtual vai muito além dos games, podendo ser utilizada na educação, na medicina, na construção civil, na comunicação, na agricultura, nos esportes, entre outros. Na arquitetura, por exemplo, a realidade virtual torna possível explorar um imóvel ainda na planta, como se ele já estivesse pronto, observando a disposição dos espaços e experimentando cores ou texturas de diferentes materiais. Da mesma forma, a tecnologia aplicada à engenharia oferece uma visão ampla dos detalhes da estrutura de uma casa ou prédio, antes mesmo de se iniciar sua construção. O mesmo princípio pode ser aplicado em treinamentos de profissionais, seja na indústria (simulando o manuseio de equipamentos, por exemplo), seja na medicina (possibilitando ao cirurgião repetir procedimentos inúmeras vezes antes de realizá-los em pacientes de verdade). Já no varejo e na moda, a tecnologia faz com que o usuário possa “experimentar” os mais diversos produtos à distância.

Criações e experimentos artísticos também podem se favorecer dessas descobertas tecnológicas. Recentemente, no Festival Internacional da Linguagem Eletrônica (FILE), em São Paulo, um artista italiano criou uma animação em camadas sob o quadro A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci. Outro exemplo de instalação que se utiliza desses recursos é a mostra Björk Digital, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), em cartaz até o mês de agosto. Na mostra, música, artes visuais e tecnologia se unem para expressar o pioneirismo da cantora, permitindo que visitantes da exposição “mergulhem” nos clipes de Björk por meio de óculos VR.

 

A exposição Björk Digital propõe experiências imersivas por meio da realidade virtual

 

Realidade virtual e aumentada no mercado imobiliário

As empresas que pensam no futuro podem aproveitar as tecnologias VR e AR de diversas formas para reinventar suas marcas, fazendo com que se aproximem dos consumidores da atualidade, cada vez mais conectados aos avanços digitais. Hoje em dia, não é necessário apenas estar por dentro das novidades tecnológicas, mas investir nessas inovações para engajar os clientes. Afinal, a possibilidade de usar recursos visuais, auditivos, sensoriais e interativos é algo que pode garantir experiências únicas para públicos direcionados.

No caso do mercado imobiliário, imagine ter acesso imediato e em 3D a qualquer casa ou apartamento do bairro (ou do país) de seu interesse, sem precisar se deslocar fisicamente, mas mantendo a percepção espacial de todos os ambientes. Além disso, com os recursos tecnológicos já existentes, é possível visualizar imóveis mobiliados e decorados, mostrando os espaços e objetos em tamanho e profundidade reais. O cliente pode ainda alterar a decoração de um local de acordo com suas preferências particulares. A experiência virtual pode ser aplicada tanto a casas e apartamentos já prontos quanto na planta. Ela também elimina a necessidade de investir em imóveis decorados, já que inúmeras possibilidades de decoração estarão ao alcance dos usuários sem custo adicional.

 

A tecnologia ajuda a “tirar do papel” projetos arquitetônicos

 

Essa imersão em um ambiente totalmente controlado e interativo é um enorme diferencial que as imobiliárias podem oferecer ao seu público. A Esquema Imóveis, sempre buscando inovar no mercado de alto padrão, está preparando uma sala VR para seus clientes, em que eles poderão utilizar headsets para visualizar conteúdos específicos, relacionados aos imóveis disponíveis para venda e locação no site da empresa. A visita virtual às casas e apartamentos, sem precisar sair do lugar, será totalmente guiada pelo cliente, com a orientação dos profissionais da imobiliária. Tendo acesso a uma infinidade de opções, o consumidor pode focar suas visitas presenciais apenas nos imóveis que sejam perfeitos para suas demandas, sem perder tempo. Assim, a tecnologia faz com que o imóvel vá até o cliente e não o contrário.

 

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