Descubra os impactos da Copa do Mundo da FIFA™ no desenvolvimento imobiliário dos países que sediam esse evento
Mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo da FIFA™, tendem a ser excelentes oportunidades de negócios, atraindo turistas e gerando lucros para os mais diversos setores. Um dos segmentos que, em geral, acaba se beneficiando com isso é o do desenvolvimento imobiliário.
Há diversos fatores que podem influenciar a compra, venda e locação de imóveis. No Brasil, aspectos que vão desde as expectativas econômicas até o panorama político impactam a oferta e demanda imobiliária.
Apesar dessas flutuações, que acompanham o contexto econômico e sócio-político, estudos sobre os países que foram destinos das últimas Copas do Mundo indicam que os resultados desse grande evento tendem a ser muito interessantes, incluindo a injeção de capital estrangeiro, o aumento da segurança e a consequente valorização dos imóveis nessas regiões.
Uma das questões mais relevantes, quando se pensa em eventos do porte de uma Copa do Mundo, é o legado que eles deixam para os países onde são realizados. A resolução de problemas de mobilidade urbana e a construção de uma estrutura adequada, para abrigar os jogos, são benefícios concretos desse tipo de evento.
De acordo com uma análise conduzida pelo Ministério do Esporte, a Copa do Mundo no Brasil envolveu 12 projetos de expansão das redes de fibra ótica metropolitanas e 400 intervenções de infraestrutura urbana, gerando cerca de 240 mil oportunidades de trabalho, além de um aumento da rede hoteleira e melhorias no transporte e na segurança pública.
Mas e quanto à valorização imobiliária? A Copa do Mundo da FIFA™ é capaz de afetar de forma significativa esse mercado, absorvendo positivamente as melhorias nas cidades-sede?
No caso do Rio de Janeiro, houve um crescimento de 84,3% da valorização imobiliária, após o evento. Some-se a isso o fato de que, não muito tempo depois da Copa do Mundo de 2014, foram sediadas na cidade também as Olimpíadas de 2016.
Já em São Paulo, verificou-se um aumento de 65,6% na valorização dos imóveis, processo que se intensificou logo após o anúncio de que o Brasil sediaria a Copa do Mundo. Embora esse não seja o único fator a influenciar o mercado imobiliário, é evidente que houve um considerável impacto.
Qatar: inovação e sustentabilidade
A Rússia, que sediou a Copa do Mundo da FIFA™ em 2018, não chegou a divulgar os resultados do evento para o país. Já o Qatar, que sedia a Copa este ano, já comemora as oportunidades abertas por essa que é considerada a maior competição de futebol do mundo.
Embora o evento esteja programado para se iniciar em algumas semanas, o país já se antecipa para receber um total de 1,5 milhões de visitantes, o que aumenta a demanda por acomodações – e, consequentemente, os investimentos nos setores hoteleiro e imobiliário.
Mais de 5 mil transações foram realizadas no último ano, no segmento de real estate do país, somando um total de 25 bilhões de Qatari Riyal, a moeda local (que equivale a quase 7 bilhões de dólares). Isso representa um aumento de 5% no volume de negócios, com relação a 2021.
Um dos aspectos que tem impulsionado o interesse pela Copa do Mundo no Qatar é o comprometimento do país, já nos preparativos para o evento, com a inovação e a sustentabilidade.
Uma série de iniciativas foram tomadas, por parte do governo, para posicionar o Qatar como um local seguro e acolhedor para o turismo e os negócios, com incentivos para criar novos empregos e atrair investidores internacionais.
Além disso, o PIB do país, que vinha tendo um aumento de 4,5% ao longo da última década, cresceu em 2% apenas este ano. Considerando a relação entre a atividade econômica e o desenvolvimento imobiliário, a expectativa é de que esse mercado continue em plena expansão, mesmo após a realização da Copa do Mundo.