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As mais belas ilhas do Brasil

Com seu extenso litoral, nosso país tem uma seleção maravilhosa de ilhas exuberantes, como Abrolhos, Ilhabela e Fernando de Noronha

 

  • Arquipélago de Abrolhos/BA

Com mais de 900 km² de superfície, cercado por águas claras e de temperatura amena, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos abrange cinco ilhas de origem vulcânica e seis recifes de corais submersos. A origem de seu nome vem justamente da expressão “abre olhos”, aviso que era registrado em mapas de navegação, devido aos frequentes acidentes causados pela formação de corais da região.

O arquipélago está situado próximo à praia da Barra dos Caravelas, na costa da Bahia. Os sinais de civilização podem ser encontrados apenas na ilha maior, a de Santa Bárbara, por onde chegam visitantes e onde se encontra também um icônico farol. Além dela, compõem o conjunto as ilhas Redonda, Siriba, Sueste e Guarita.

Criado em 1983, Abrolhos foi o primeiro parque nacional marinho do Brasil. O arquipélago é habitado por diferentes espécies de aves, tartarugas, peixes e invertebrados; por isso, para desembarcar nele, é preciso de uma autorização do governo, garantindo que o ecossistema da região seja preservado. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, são cerca de 1.300 espécies, 45 delas ameaçadas. No passado, grandes pesquisadores como Charles Darwin e o navegante Américo Vespúcio foram atraídos pela enorme biodiversidade de Abrolhos.

Além da fauna variada, as ilhas contam com outras atrações naturais, como o maior recife de corais do Atlântico Sul e diversas formações rochosas subaquáticas espetaculares. Existem, no arquipélago, alguns pontos licenciados para a prática de mergulho e snorkeling – que permitem também conhecer locais de naufrágios e cavernas. A maior atração, no entanto, são as baleias jubarte: entre os meses de junho e novembro, milhares delas se encontram nas águas quentes do local, o que permite aos turistas um espetáculo extraordinário. Golfinhos e botos também podem ser avistados nas águas de Abrolhos.

 

  • Ilhabela/SP

O pequeno arquipélago de Ilhabela, cuja maior ilha é a de São Sebastião, conta com 130 km de costa e cerca de 60 praias das mais variadas dimensões, desde as extremamente isoladas até outras com infraestrutura para os turistas (principalmente no lado voltado para o continente).

Próximo ao Trópico de Câncer, o arquipélago tem clima tropical na maior parte do ano. Entre as praias, uma das mais populares é a Praia do Curral, com seus resorts e clubes luxuosos. Já a Praia do Juliano chama a atenção por suas formações rochosas e piscinas naturais.

Para quem prefere ter mais contato com a natureza, o lado leste de Ilhabela oferece uma vista aberta do Oceano Atlântico. Algumas das praias, nessa região, podem ser acessadas apenas por meio de trilhas no meio da floresta, o que permite aos visitantes conhecerem algumas das 360 cachoeiras da ilha. Bastante isolada também está a Praia do Bonete, uma das mais belas do nosso litoral, com águas tranquilas e rasas.

 

  • Fernando de Noronha/PE

Um dos destinos mais exclusivos do país, Fernando de Noronha é um arquipélago formado por 21 ilhas e ilhotas, cobrindo uma área de 26 km². Apenas a ilha de Fernando de Noronha é habitada, sendo que 70% de seu território é protegido como parque nacional marinho (criado em 1988). Além disso, em 2001, a Unesco determinou que o local fosse tombado como Patrimônio Ambiental da Humanidade.

Devido à sua localização, Fernando de Noronha foi um dos primeiros territórios brasileiros a serem avistados por navegadores. Há registros náuticos da existência do arquipélago que datam do ano de 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil. A expedição financiada pelo comerciante Fernão de Loronha (que, possivelmente, deu origem ao nome da ilha) é considerada uma das primeiras a desbravarem o local, em 1503 – embora existam várias teorias sobre sua descoberta.

No início do século XVI, o arquipélago foi utilizado por Loronha como ponto estratégico para a comercialização de pau-brasil. Mas, ao longo do tempo, acabou se tornando atrativo para pesquisadores e cientistas – tendo sido visitado também por Charles Darwin, que fez anotações elogiando a beleza do local. Já no século XIX, a ilha foi usada como colônia penal. As ruínas do Forte Santana e o Forte de Nossa Senhora dos Remédios são alguns dos indícios históricos que se mantém preservados na região.

Atualmente, a economia de Fernando de Noronha é totalmente baseada no turismo, com restrições para a proteção de seu ecossistema. São autorizados somente 700 visitantes por dia, já que o arquipélago abriga diversas espécies de pássaros, peixes, golfinhos e tartarugas, muitas delas ameaçadas de extinção. As praias da ilha são consideradas excelentes pontos de mergulho, por sua ótima visibilidade. A parte voltada para o continente abriga praias famosas, como a Baía do Sancho, a Baía dos Porcos, a Praia da Conceição, Praia da Cacimba do Padre, Praia dos Americanos e Praia do Cachorro.

 

  • Ilha Grande/RJ

Com uma área de 193 km² e 130 km de costa, onde se encontram 106 praias, a Ilha Grande é a maior ilha do estado do Rio de Janeiro e a sexta maior ilha marítima do Brasil. Seu relevo é montanhoso e acidentado, tendo como maiores elevações o Pico da Pedra d’Água (com 1.031 metros de altura) e o Pico do Papagaio (com 982 metros). Assim como Fernando de Noronha, já abrigou uma prisão de segurança máxima, que foi fechada há cerca de vinte anos.

As penínsulas e enseadas da ilha formam várias praias, com vegetação essencialmente de mata atlântica, mangue e restinga. O principal vilarejo de Ilha Grande é a Vila do Abraão, onde se concentra a maior parte da infraestrutura, como pousadas, campings, restaurantes, bares e comércio local. Entre as praias que são perfeitas para o turismo estão a Enseada do Bananal, Praia Vermelha e Praia do Japariz. As atividades recreativas incluem mergulho, passeio de barco, trilhas ecológicas com cachoeiras e mountain bike.

Os primeiros habitantes da Ilha Grande foram os índios tamoios. No século XVI, os portugueses se aliaram aos índios tupiniquins e os franceses aos tamoios, resultando em combates pelo controle da região. Alguns séculos depois, a ilha passou a ser responsabilidade do governo fluminense, que instaurou nela a colônia penal de Dois Rios – onde, no regime militar, o escritor Graciliano Ramos esteve detido como preso político e escreveu seu célebre romance Memórias do Cárcere.

Em 1994, o presídio foi implodido e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro inaugurou no local o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável. Para garantir a proteção da fauna e flora da ilha, foram criados o Parque Estadual da Ilha Grande, o Parque Estadual Marinho do Aventureiro, a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e a Área de Proteção Ambiental de Tamoios.

 

  • Ilha do Mel/PR

Situada na embocadura da Baía de Paranaguá com o Oceano Atlântico, a Ilha do Mel é uma área de conservação ambiental permanente (tombada pelo Patrimônio Histórico em 1975 e administrada pelo Instituto Ambiental do Paraná). Não há ruas ou estradas, apenas trilhas. A energia elétrica só chegou ao local há algumas décadas.

Com apenas 27 km², a ilha tem o formato de um 8, com duas partes unidas por uma estreita faixa de areia, o istmo, que forma uma longa praia (onde se encontra o vilarejo de Nova Brasília, principal ponto de desembarque da Ilha do Mel). A maior parte de seu território é coberta por densa vegetação, onde não há sequer trilhas. Já na parte menor, concentram-se as pousadas e instalações turísticas.

Entre as principais praias estão a Praia de Encantadas, onde há uma gruta muito famosa, certamente uma das maiores atrações da ilha, e a Praia Grande, com altas ondas, que atraem surfistas. Já os locais turísticos de relevância histórica mais procurados pelos visitantes são a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres (um forte militar erguido em 1769) e o Farol das Conchas (inaugurado em 1872). O ponto mais alto da Ilha do Mel é o Morro do Miguel (Morro Bento Alves), com 151 metros.

 

  • Ilha do Campeche/SC

Com apenas 800 metros de comprimento e águas azul-turquesa, a Ilha do Campeche (conhecida como o Caribe brasileiro) é um pequeno pedaço do paraíso. Famosa por seu sítio arqueológico, com inscrições datadas de até 5 mil anos atrás, a ilha pode ser percorrida ao longo da Trilha de Volta Norte, um caminho que passa pela mata fechada e leva até as cavernas com arte rupestre. Por conta de seu valor histórico, o local foi tombado pelo IPHAN como Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional.

As praias têm areias claras e são cercadas por rochas arredondadas, que protegem a Ilha do Campeche das correntes atlânticas mais fortes, tornando sua costa ideal para os banhistas. As águas calmas e transparentes também são perfeitas para mergulho e esportes aquáticos diversos. Sua principal praia é a da Enseada, por onde chegam as embarcações turísticas.

O aspecto mais atrativo da ilha talvez seja a facilidade de acesso, já que ela está localizada a apenas 1,5 km de distância da Praia do Campeche, em Florianópolis. No entanto, o passeio somente pode ser realizado com barcos autorizados para desembarcar no local, já que o número de visitantes é limitado a 770 pessoas na baixa temporada e 800 na alta.

 

  • Ilha de Marajó/PA

Maior ilha do mundo localizada no delta de um rio e segunda maior ilha da América do Sul, com uma área de 40.100 km², a Ilha de Marajó tem quase o tamanho de um país como a Suíça. Ela é cercada em sua maior parte por águas doces, que, ao se encontrarem com o oceano, criam o fenômeno da “pororoca”, provocando ondas muito altas e perfeitas para os surfistas mais corajosos.

A oeste e noroeste, a ilha é banhada pelo Rio Amazonas, tendo no seu lado nordeste o Oceano Atlântico e, ao leste, o Rio Pará. Em seu interior, ela é recortada por cerca de 20 rios, onde se formam pequenas praias. Por conta dos alagamentos sazonais que ocorrem em algumas partes da ilha, os habitantes da região costumam construir suas moradias no estilo de palafitas.

Estudos arqueológicos indicam que, por volta do ano 400 A.C. instalou-se na Ilha de Marajó uma sociedade bastante avançada. Estima-se que a cultura marajoara na região possa ter atingido seu auge com uma população de até 100 mil pessoas, sendo que a maior parte foi dizimada com a chegada dos europeus à região.

Atualmente, na parte leste da ilha, encontram-se fazendas de búfalos. As 16 cidades que compõem o território de Marajó também recebem turistas, atraídos por suas peculiaridades naturais e praias movimentadas. Nas pousadas, restaurantes e clubes, é possível experimentar a culinária típica da região amazônica, muito apreciada pelos visitantes.

 

  • Ilha do Cardoso/SP

Com 90% de seu território coberto por mata atlântica nativa e protegido como parque estadual, além de Patrimônio Mundial da UNESCO, a Ilha do Cardoso se destaca por conta das praias de águas límpidas, piscinas naturais, dunas, falésias e até mesmo manguezais. Além disso, conta com inúmeras trilhas em meio à floresta, que muitas vezes levam a maravilhosas cachoeiras – entre elas a Cachoeira Grande, com 11 metros de queda.

Os poucos vilarejos que se encontram espalhados pelos 150 km² da ilha são habitados por descendentes indígenas, sendo que o principal agrupamento é Marujá – onde se encontra a melhor infraestrutura para visitantes. Tanto a hospedagem (em pousadas ou camping) quanto a gastronomia local seguem o estilo de vida caiçara: simples e natural.

As praias são belíssimas e quase desertas, com águas calmas e transparentes (ótimas para mergulho) e o acesso é controlado desde a criação do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, em 1962. Não há rede elétrica, sinal de celular ou carros circulando pelo local, mas a rusticidade só torna as belezas naturais ainda mais encantadoras. Longas caminhadas, passeios de bicicleta pelas dunas ou de barco estão entre os passatempos de quem escolhe visitar a ilha. Sua fauna também é um espetáculo à parte: golfinhos, papagaios, macacos, veados, cobras e até jacarés podem ser avistados pelos turistas em qualquer época do ano.

 

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