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Jardim Luzitânia: mobilidade sustentável

Ao lado do Parque Ibirapuera, o bairro se destaca por sua qualidade de vida e segurança

 

O Jardim Luzitânia (ou Lusitânia) está localizado na extensão sul do Parque Ibirapuera. A principal via do bairro é a Avenida IV Centenário, onde se encontram muitos dos portões de acesso ao parque. Outras avenidas importantes são a Ibirapuera e a República do Líbano. O loteamento foi feito na década de 1950 pelo antigo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp), para que ali morassem profissionais da justiça, como desembargadores, promotores e juízes, seguindo o mesmo padrão urbanístico de outras regiões nobres da capital paulista, como os Jardins. Muitos dos descendentes das famílias que se instalaram no bairro permanecem nele até os dias de hoje.

Em 2002, o Jardim Luzitânia foi tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), por conta de seu valor histórico e urbanístico, tombamento esse que foi reivindicado pelos moradores. Com isso, além de evitar a verticalização do bairro, garante-se que o traçado das ruas, a arborização e os canteiros sejam mantidos.

O zoneamento dessa região (Z1) permite apenas construções horizontais para moradia, com altura máxima de 10 metros, a partir do nível médio da testada do lote até o ponto mais alto da cobertura da edificação. Além disso, no perímetro tombado, não são permitidos elementos como outdoors e torres de publicidade ou de telefonia celular, sobrepostos à fachada.

“É um bairro somente de casas, em que você tem a certeza de que nunca será erguido um prédio no terreno vizinho. Também não há praticamente nenhum estabelecimento comercial, embora seja possível encontrar na Vila Nova Conceição ou Moema – ou seja, a 10 minutos de caminhada – uma enorme variedade de lojas, supermercados, bares e restaurantes, além de escolas e agências bancárias”, explica Karine Borges, corretora da Esquema Imóveis.

Segundo a corretora, atualmente existem somente cerca de 650 residências em todo o bairro – entre casas de rua, quatro condomínios fechados de casas e cinco ruas fechadas com cancela. Esse certamente é um dos fatores que tornam o Jardim Luzitânia uma região tão exclusiva e tranquila.

 

Um bairro que se renova

A arquitetura predominante no Jardim Luzitânia, remanescente da década de 1950, no auge do modernismo, foi se modificando ao longo do tempo. No entanto, ainda há imóveis que mantêm características modernistas. “Temos em nosso catálogo uma relíquia de 1954, com projeto do arquiteto polonês Mieczyslaw Grabowski. O imóvel mescla curvas e retas, integrando todos os espaços sociais. Os detalhes internos são em madeira de lei, projetados e executados pelo designer italiano Giuseppe Scapinelli. E ainda há um painel original de Antônio Bandeira, pintado na parede do bar”, conta Karine.

 

 

 

“No Jardim Luzitânia, há casas para todos os gostos: para reforma total, demolição ou mesmo para uma pequena modernização. A minoria é de casas já prontas, geralmente com valor um pouco mais elevado”, observa a corretora de imóveis Lica Carneiro. Como alguns dos proprietários de casas mais antigas estão colocando seus imóveis à venda, o bairro está passando por um processo de renovação.

De acordo com Lica, existem alguns padrões que podem ser percebidos, em conversas com vendedores no Jardim Luzitânia. “Em geral, as pessoas que estão vendendo suas casas na região fazem isso por questões de necessidade (assuntos familiares, mudança de cidade, etc). Ninguém que mora no bairro quer sair, porque é realmente muito difícil encontrar em São Paulo um lugar em que você saiba que não vai ter um prédio, nem lojas ou restaurantes na porta da sua casa”, ressalta.

 

 

Conforme salienta Karine, existe um apego dos moradores ao local, uma sintonia que se reflete nas ações coletivas para que a qualidade de vida no bairro se torne cada vez melhor. A SOJAL (Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Lusitânia) é uma associação sem fins lucrativos que foi fundada em 1977, com reuniões mensais abertas a associados e amigos, para lutar em favor do verde e do meio ambiente, da manutenção do tombamento do bairro e de sua preservação como área estritamente residencial. “O que eles fazem beneficia a si mesmos e ao próximo. A associação busca incentivar todos a se unirem a ajudarem uns aos outros, além de promover projetos para proteção do parque e da natureza no entorno. Eu não conheço nenhum bairro que seja tão ativo nesse sentido”, destaca a corretora.

 

Infraestrutura de lazer e serviços

Embora o bairro seja majoritariamente residencial, existem nele boas opções de lazer e entretenimento, como o Clube Atlético Monte Líbano. Fundado em 1934, inicialmente para atender à comunidade árabe da região, o clube possui quadras poliesportivas, piscina, restaurantes, bares, salões de jogos e de festas, além de cinema e boate. Nos anos 1970 e 1980, seu time de basquete masculino ganhou destaque no cenário esportivo do país, tendo conquistado quatro Campeonatos Brasileiros, dois Paulistas e dois Campeonatos Sul-Americanos de Clube Campeões.

 

 

O maior atrativo do Jardim Luzitânia, no entanto, é o Parque Ibirapuera. Com uma área de 158 hectares, o parque é o mais icônico da capital paulista e um dos mais visitados da América Latina. Inaugurado em 1954, conta com jardins desenhados pelo paisagista Otávio Augusto Teixeira Mendes, com conceito e anteprojeto de Roberto Burle Marx. Já as construções históricas que abrigam museus, auditório e marquise foram concebidas pelo arquiteto Oscar Niemeyer e são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O parque também é tombado em sua totalidade pelo Conpresp.

Além de permitir o contato próximo com uma ampla área verde, incluindo lagos, árvores e gramados, o parque dispõe de pistas de corrida e quadras esportivas. Caminhar, correr ou pedalar no Ibirapuera são atividades rotineiras para quem mora na região. “Os moradores frequentam muito o parque. Eles acordam cedo para fazer sua corrida matinal e depois vão para o trabalho”, comenta Karine.

O parque conta ainda com instituições culturais – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Museu Afro Brasil, Pavilhão Japonês e Pavilhão da Bienal – além de planetário. O viveiro Manequinho Lopes é outra de suas atrações abertas à visitação, produzindo mudas de plantas destinadas aos plantios das áreas públicas da cidade.

 

 

Lica acrescenta que não se vê muito movimento de carros pelo Jardim Luzitânia, exceto nas vias principais de acesso. “É um bairro destinado a pessoas que gostam de andar na rua com seus cachorros, passear de bike com as crianças… Temos um movimento maior em decorrência do parque, principalmente aos finais de semana, até o terceiro quarteirão da Avenida IV Centenário”, explica a corretora. “Como não há transporte público nessas ruas, a circulação de veículos é muito pequena, o que garante silêncio e tranquilidade.”

Já a circulação dos moradores geralmente é feita a pé, de bicicleta, de patinete ou scooter elétrica – que são silenciosos e não poluentes. Mesmo possuindo carros, as pessoas raramente os usam para seu deslocamento no dia a dia. Não existem muitos pontos de ônibus dentro do bairro, mas é possível chegar a diversas opções de transporte público com uma breve caminhada. Quanto a estações de metrô, as mais próximas são a estação AACD – Servidor e a estação Moema (ambas da Linha Lilás).

 

 

No Jardim Luzitânia também se encontram a Paróquia Santo Ivo (padroeiro da classe jurídica) e o Lar Escola São Francisco – AACD, instituição destinada a promover a inclusão social e o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes com deficiência física.

 

Qualidade de vida e mobilidade sustentável

De acordo com as especialistas no bairro, os terrenos no Jardim Luzitânia têm área média de 300 a 450 metros quadrados, o que leva os proprietários a construírem casas mais compactas, porém com vários pisos. O valor do metro quadrado não construído na região fica em torno de R$ 8 mil a R$ 12 mil. “Os imóveis que possuem lazer privativo são os mais modernos, construídos de vinte anos para cá, muitos deles com piscina no rooftop. Antigamente, o entretenimento da família se realizava mais no parque, no clube, em casas de praia ou de campo”, completa Lica.

 

 

Entre as maiores vantagens de morar no Jardim Luzitânia certamente está o fato de que se trata de um bairro extremamente seguro. “Há segurança 24 horas regida pela Base Comunitária da Polícia Militar, na Avenida Sagres. Os policiais são muito simpáticos e atenciosos”, salienta Karine. “Além disso, cada quarteirão conta com guardas de rua, em guaritas, também em período integral. Temos pessoas renomadas morando ali, como cantores, diretores de televisão, publicitários, empresários do mercado de incorporação e do mercado financeiro.”

Conforme contam as corretoras, o perfil de clientes que têm buscado comprar uma casa no Jardim Luzitânia é de famílias relativamente jovens, que buscam um estilo de vida mais saudável, mas sem abrir mão do conforto e do sossego.  “São pessoas que se importam com questões como sustentabilidade, segurança, qualidade de vida, estar cercado de verde. Elas apreciam atividades físicas ao ar livre, gostam de natureza e de liberdade”, observa Lica.

Karine conta que, recentemente, atendeu a um casal de clientes que optou por conhecer o bairro de bicicleta. “A esposa estava na Faria Lima, em uma reunião de trabalho, e o marido em Moema. Nós nos encontramos no Jardim Luzitânia e circulamos pelas ruas de bike, enquanto eu falava sobre a movimentação e mostrava as casas à venda. Passei pelo clube, entrei em algumas ruas fechadas, e eles disseram que se sentiram como se estivessem fora de São Paulo”, descreve. “O casal nunca havia pedalado no Jardim Luzitânia, mas os dois ficaram encantados, porque perceberam que quase não há movimentação de veículos, o ar é puro e é possível ouvir o som dos pássaros em qualquer horário do dia.”

 

 

 

Com todas essas vantagens, não é difícil compreender o que atrai as pessoas ao bairro. “Estamos aprendendo a focar mais no nosso equilíbrio mental, na saúde física e no cultivo dos relacionamentos. A preocupação da mente moderna, independentemente da idade, não é apenas consigo mesmo, mas com o próximo, de modo a não gerar ruídos ou poluição dentro da comunidade onde se vive. Acredito que a evolução da humanidade não pode estar desvinculada da preservação ambiental. É possível desfrutar a natureza com tranquilidade, comodidade, segurança e mobilidade. Os moradores do Jardim Luzitânia são pessoas que se questionam sobre esses assuntos e o resultado disso se reflete na excelente qualidade de vida do bairro”, conclui.

 

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