‘Tarsila Popular’ reúne 92 obras da artista brasileira
Inaugurada no dia 5 de abril, com curadoria de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, a mostra Tarsila Popular acontece no MASP, com a expectativa de receber por volta de 250 mil pessoas até 28 de julho, seu último dia.
A exposição traz 92 obras divididas entre pinturas, contextualizações e desenhos da primeira fase do modernismo brasileiro. A homenagem à artista se faz pelo ciclo e eixo temático da instituição: “Histórias das mulheres, histórias feministas”. Tarsila do Amaral é, sem dúvidas, uma das principais artistas que representaram o Brasil no século XX.
Os setores estão divididos por obras e retratos nus, pinturas populares e manifestações religiosas que representam a cultura e sociedade brasileira. A exposição dialoga também com duas outras artistas, que exploraram a noção do popular em diferentes aspectos: Djanira: a memória de seu povo, até 19 de maio, e Lina Bo Bardi: Habitat, até 28 de julho de 2019.
História da artista
Nascida na cidade de Capivari/São Paulo, em 1886, Tarsila do Amaral veio de uma família abastada de fazendeiros. Desenvolveu suas habilidades com base em estudos na França a partir de 1923, onde utilizou suas inspirações e aprendeu sobre os estilos modernos da pintura europeia. A artista conviveu também com importantes pintores, como André Lhote (1885-1962) e Fernand Léger (1881-1955).
No entanto, ela sempre gostou de estudar a arte brasileira. O objetivo principal da mostra é apresentar esse lado “popular” da Tarsila, em diferentes perspectivas da sua carreira. As inspirações se revelam através de paisagens do interior ou da cidade, da fazenda ou da favela, povoadas por indígenas ou negros, personagens de lendas, animais e plantas, reais ou fantásticos.
A exposição reúne as principais obras de Tarsila, inclusive as que estiveram expostas em museus internacionais, em Nova York e Chicago.
Conheça os destaques e as principais obras
- “A Negra” (1923): Feita e exposta em Paris, a pintura retrata uma recordação da infância, sobre as escravas negras que eram amas-secas de crianças.
- “Abaporu” (1928): Inaugurou o movimento antropofágico dentro do modernismo brasileiro. É a tela brasileira mais valorizada do mundo.
- “Urutu” (1928): Conhecida como “O Ovo”, a obra é um dos símbolos mais importantes da Antropofagia.
- “Antropofagia” (1929): A pintura é a fusão de duas outras obras que a artista realizou: A Negra e Abaporu. A palheta utilizada representa as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo, azul e branco, somadas ao tom ocre avermelhado – que se assemelha à argila.
- “Operários” (1933): Muito criticada, a obra representa as diferentes etnias brasileiras, que migraram de diversas partes do país para trabalhar nas indústrias de São Paulo.
A exposição do MASP acontece até o dia 28 de julho de 2019.
Horário de funcionamento: terça-feira, das 10h às 20h; quarta a domingo das 10h às 18h.
A classificação é livre.