Comemore o Dia do Cinema Brasileiro criando uma sala de exibição em casa, para curtir nossa seleção de dez premiados filmes nacionais
Desde o início do ano passado, uma das coisas de que mais sentimos falta é poder ir ao cinema com a família ou amigos e curtir um “momento pipoca”. Embora algumas salas de exibição já tenham reaberto, muitas pessoas ainda preferem ver filmes em casa, seja por conforto ou segurança. Nesse contexto, principalmente para os amantes da sétima arte, o momento é de investir em uma boa estrutura de home theater. Com um espaço adequado, poltronas confortáveis, um projetor ou TV e um sistema de som de alta qualidade, é possível reproduzir em casa a experiência maravilhosa do escurinho o cinema.
Dia do Cinema Brasileiro
No dia 19 de junho de 1898, a bordo de um navio que chegava à Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, o ítalo-brasileiro Afonso Segreto registrou as primeiras imagens em movimento no Brasil. Por isso, comemora-se nessa data o Dia do Cinema Brasileiro. Para prestar homenagem à história da excelente produção cinematográfica nacional, selecionamos dez dos mais aclamados filmes de longa-metragem já produzidos em nosso país.
Bacurau (2019)
Um dos longas nacionais mais premiados de todos os tempos, Bacurau levou o prêmio do júri no Festival de Cannes e de melhor filme nos festivais de Lima e de Munique, além de participar da mostra não competitiva do Festival de Nova York (NYFF).
Após a morte de sua avó, uma mulher volta para sua terra natal, um pequeno povoado no sertão, e uma série de sinistros acontecimentos começam a ocorrer, assustando os moradores locais. Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme tem no elenco nomes como Sônia Braga, Bárbara Colen, Thomas Aquino, Wilson Rabelo e Silvero Pereira.
Aquarius (2016)
Também dirigido por Kleber Mendonça Filho e protagonizado por Sônia Braga, Aquarius foi indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes e recebeu o prêmio de melhor filme nos festivais de Sidney, Lima e Amsterdã, entre outros.
Na história, uma mulher viúva se recusa a vender para uma construtora o apartamento onde morou durante a vida inteira com sua família, no Recife. Irredutível, ela acaba enfrentando uma verdadeira guerra contra a empresa que deseja ocupar o terreno.
Que Horas Ela Volta (2015)
O filme, protagonizado por Regina Casé e dirigido por Anna Muylaert, estreou no Festival de Berlim, onde ganhou o prêmio do público de melhor obra de ficção na Mostra Panorama. Regina Casé e Camila Márdila também receberam, por suas atuações, o prêmio especial do júri no Festival de Sundance. Ao todo, foram mais de 30 indicações e premiações em festivais de cinema nacionais e internacionais.
A história acompanha o dia a dia de uma empregada doméstica, que trabalha há muitos anos na casa de uma família rica em São Paulo. Com a chegada de sua filha adolescente, vinda do Nordeste para prestar vestibular, a dinâmica pessoal e profissional da protagonista é questionada, gerando conflitos.
Tropa de Elite (2007)
Com direção de José Padilha, o polêmico longa-metragem recebeu o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim e também o prêmio de melhor filme no Festival de Lisboa, além de se tornar um grande sucesso de bilheteria, abrindo espaço para o cinema brasileiro no cenário mundial.
Tropa de Elite conta a história de um grupo de policiais e um capitão do BOPE, interpretado por Wagner Moura. Como ele tem planos de deixar a corporação, o Capitão Nascimento precisa encontrar um substituto para seu cargo, ao mesmo tempo em que tenta combater uma quadrilha de traficantes, às vésperas de uma visita do papa ao Brasil.
Carandiru (2003)
O filme do diretor Hector Babenco, baseado no livro de Dráuzio Varella, foi um dos indicados à Palma de Ouro no Festival de Cannes, além de vencer os prêmios principais dos festivais de cinema de Havana e de Cartagena.
Em Carandiru, um médico (interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos) se oferece para realizar um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina, o superlotado Carandiru. Ela acaba entrando em contato não apenas com narrativas de crimes hediondos, mas também com o lado humano dos prisioneiros, suas tragédias e paixões.
Cidade de Deus (2002)
Indicado ao Oscar nas categorias de melhor diretor (Fernando Meirelles), melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia, e também nomeado para o Globo de Ouro e o prêmio BAFTA como melhor filme estrangeiro, além de dezenas de outras indicações e premiações ao redor do mundo, Cidade de Deus é um dos filmes brasileiros mais emblemáticos de todos os tempos.
Em uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, os caminhos de dois meninos se separam na infância: um deles se torna criminoso e o outro fotojornalista. Buscapé (Alexandre Rodrigues) sonha em usar seu talento na fotografia para conseguir uma vida melhor. Registrando a violência do lugar onde cresceu, ele tem a chance de se destacar na profissão, mas também corre grandes perigos.
O Auto da Compadecida (2000)
Dirigido por Guel Arraes, o longa é uma adaptação da minissérie de mesmo nome, que foi baseada na peça teatral escrita por Ariano Suassuna. Além de ser um enorme sucesso de público, O Auto da Compadecida venceu o prêmio do Festival de Filmes Brasileiros em Miami e recebeu outras premiações em eventos internacionais, como o Viña del Mar Film Festival.
A história acompanha a dupla João Grilo e Chicó (Matheus Nachtergaele e Selton Mello), dois nordestinos muito pobres, mas também muito espertos, que vivem de enganar as pessoas. Quando conhecem a rica Rosinha, eles veem a oportunidade de finalmente resolver seus problemas financeiros, mas os planos são interrompidos pela chegada de um grupo de cangaceiros.
Central do Brasil (1998)
Outro filme brasileiro extremamente respeitado, tanto no país quanto no exterior, Central do Brasil recebeu um Globo de Ouro e foi a primeira produção brasileira a ganhar o Urso de Ouro no Festival de Berlim, dando a Fernanda Montenegro o Urso de Prata por sua atuação. Além disso, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e de melhor atriz.
Dirigido por Walter Salles, o longa-metragem conta a emocionante jornada de amizade entre uma ex-professora, que escreve cartas para pessoas analfabetas, e um menino (Vinícius de Oliveira), que acaba de perder a mãe. Muito a contragosto, a amarga mulher acaba se juntando ao garoto em uma viagem para encontrar o pai dele, há muito tempo desaparecido.
O Beijo da Mulher-Aranha (1985)
O filme, dirigido por Hector Babenco, ganhou vários prêmios internacionais, tendo sido indicado como melhor filme no Oscar e no Festival de Cannes. O protagonista, William Hurt, acabou levando não apenas o Oscar, como o prêmio no Festival de Cannes e o BAFTA, todos na categoria de melhor ator. O filme também tem Raul Julia e Sônia Braga no elenco.
Em uma cela de prisão, dois homens muito diferentes se confrontam: um deles é gay, o outro prisioneiro político. Durante o tempo que passam juntos, contando suas histórias, eles acabam aprendendo a se entender e se respeitar.
O Pagador de Promessas (1962)
O longa-metragem de Anselmo Duarte é um verdadeiro clássico do cinema nacional. Além de conquistar a cobiçada Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Trata-se da trajetória de um simples e devoto cristão, Zé do Burro (vivido por Leonardo Villar), que considera como melhor amigo seu burro de estimação. Quando a vida do animal está em perigo, o homem faz uma promessa a Santa Bárbara, de doar parte de suas terras e carregar uma pesada cruz de madeira até a cidade de Salvador. Suas intenções, no entanto, não são bem aceitas ou compreendidas pelas outras pessoas.