Com fácil acesso a qualquer ponto da cidade, os bairros se encontram a walking distance do Parque Ibirapuera e de diversas opções culturais
O Paraíso e a Vila Mariana são áreas de São Paulo que parecem se confundir e se complementar, já que a infraestrutura do entorno serve aos moradores de ambos os bairros. A principal vantagem dessa região é a possibilidade de fazer tudo a pé, já que nela se encontra uma variada infraestrutura de lazer, comércio e serviços, além de instituições culturais, escolas e hospitais. No caso do Paraíso, trata-se de um bairro de dimensões reduzidas, entre a Avenida Paulista e o Parque Ibirapuera, no quadrilátero da Rua Manuel da Nóbrega até a Rua Dr. Tomás Carvalhal. A Vila Mariana, como um todo, tem maior extensão, porém a área onde se encontram os imóveis de alto padrão é a que está localizada nas proximidades do parque.

A mobilidade e a facilidade no que diz respeito ao transporte também são destaques do Paraíso e da Vila Mariana, já que as diversas estações de metrô permitem chegar rapidamente a qualquer ponto da cidade. Além disso, a região conta com ciclovia e dezenas de linhas de ônibus. Suas vias principais são de grande circulação, mas com relativamente pouco trânsito, o que é outro aspecto positivo.
Por sua proximidade ao Ibirapuera e à Avenida Paulista, a região é considerada pelo Creci como zona de valor A, ou seja, uma área nobre da cidade. Sua localização é privilegiada, no chamado Espigão da Paulista, a área mais elevada do centro expandido de São Paulo. Historicamente, essa sempre foi considerada uma das partes mais desenvolvidas da cidade.
Um pouco de história
Por volta de 1860, quando o Paraíso começou a se formar como bairro de São Paulo, suas delimitações começavam no entorno da atual Praça Osvaldo Cruz e desciam até a várzea do Ibirapuera. O proprietário dessas terras, situadas entre as duas estradas para Santo Amaro, era o vereador João Sertório. A área foi vendida à Dona Alexandrina Maria de Moraes, cujos herdeiros lotearam a propriedade, a partir de 1886, período em que foram abertas diversas ruas.

Nas décadas seguintes, novos loteamentos foram surgindo nas imediações da antiga chácara, que recebeu muitos moradores, especialmente sírios e libaneses – uma comunidade que ainda é muito forte na região. O nome do bairro vem do Largo do Paraíso (local que, posteriormente, foi chamado de Praça Osvaldo Cruz). Quanto a seus limites, há certa controvérsia, pois já foram consideradas como sendo parte do Paraíso áreas que, hoje, são pertencentes ao distrito da Bela Vista.
No início do século XX, a Avenida Paulista se tornou o local da cidade onde os barões do café construíam suas mansões, sendo que a avenida contava também com uma linha de bonde. Os principais pontos da região, nessa época, eram o Hospital Santa Catarina, o Instituto Pasteur e o Grupo Escolar Rodrigues Alves. Aproveitando-se da localização privilegiada, o comércio passou a se instalar nas imediações, sendo que a infraestrutura do bairro se ampliou ainda mais com a abertura do metrô, nos anos 1970.
Um desenvolvimento semelhante ocorreu na Vila Mariana, que foi loteada a partir de chácaras e sítios. O nome do bairro tem duas possíveis versões: a primeira atribuída ao coronel Carlos Eduardo de Paula Petit, um dos mais importantes moradores do bairro, em homenagem à sua esposa (Maria) e sua mãe (Ana). A segunda versão é de que o nome teria sido dado por Alberto Kuhlman, engenheiro responsável pela construção da Estrada Carril de Ferro (que ligava São Paulo a Santo Amaro, por onde chegaram à capital os imigrantes italianos e alemães), para homenagear sua mulher, Mariana.
A maior onda de progresso na Vila Mariana, assim como no Paraíso, ocorreu com a chegada do metrô. Nos arredores dos dois bairros, estão localizadas sete estações: Ana Rosa (linhas verde e azul), Vila Mariana (linha azul), Paraíso (linhas verde e azul), Santa Cruz (linhas azul e lilás), Chácara Klabin (linhas verde e lilás), Brigadeiro (linha verde) e Hospital São Paulo (linha lilás). Atualmente, esse é um dos distritos com mais estações de metrô da cidade.

Infraestrutura de comércio, serviços e lazer
Um dos primeiros fatores que atrai as pessoas ao Paraíso e à Vila Mariana (no trecho que se encontra próximo ao Parque Ibirapuera) é a facilidade de acesso a uma ampla infraestrutura comercial e cultural. Foi também o que levou a corretora de imóveis Suely Nishi a se instalar na região, algumas décadas atrás. “Tenho uma relação muito afetiva com o bairro”, conta. “Não sou de São Paulo. Quando vim do interior para estudar na capital, aos 11 anos de idade, meu pai comprou um apartamento para que eu dividisse com minhas três irmãs. Ele escolheu a região a dedo, por ser a que oferecia mobilidade e infraestrutura. A gente podia fazer tudo a pé.”

Depois de alguns anos, os pais de Suely se instalaram definitivamente em São Paulo, mudando-se para um apartamento maior, no Paraíso. “Eu sempre trabalhei no Paraíso ou na Avenida Paulista, fazendo praticamente tudo no entorno de onde morava. Conheci muito a região, por conta disso. Essa questão que está em pauta na atualidade, de que é importante morar perto do trabalho, foi algo que já percebi naquela época, por necessidade”, explica Suely. “Quando entrei no segmento imobiliário, há mais de uma década, passei a trabalhar justamente nessa região. Então me sinto muito confortável fazendo captações de imóveis nesse bairro, já que o conheço tão bem. Para um comprador, é importantíssimo que o corretor saiba onde há padarias, escolas, etc. Eu consigo apresentar bem o bairro por ter vivenciado como é morar ali.”
Sílvia Carvalho, corretora da Esquema Imóveis, também tem uma conexão muito próxima com a região, principalmente com o Paraíso. “Eu moro nos Jardins há muitos anos, então os bairros vizinhos fazem parte da minha história. Minha sogra morava no Paraíso e estudei na União Cultural Brasil-Estados Unidos, também nessa região. Eu costumo andar muito a pé por ali, ir até o Parque Ibirapuera”, detalha. “Também sempre frequentei o vasto circuito cultural do Paraíso.”
De acordo com Sílvia, que atua em corretagem há 19 anos, o Paraíso e a parte da Vila Mariana próxima ao Ibirapuera são áreas muito atrativas para oferecer a possíveis compradores de imóveis, como uma opção aos Jardins. Afinal, trata-se de uma região “colada” ao parque mais cobiçado da cidade, com muitos prédios sofisticados e com vista aberta para o verde. “Eu acho essa região uma delícia! São poucas ruas, muito tranquilas, já que os bairros são mais residenciais do que os Jardins. Na minha cabeça, são como continuações do meu bairro”, afirma. “Costumo trabalhar com Itaim Bibi, Jardins e Paraíso de forma integrada, porque é um triângulo muito procurado. As referências dos clientes são sempre colégio, clube ou condução. E lá tem tudo isso, com uma facilidade muito grande de transporte.”
Com ruas bem iluminadas, sendo algumas partes movimentadas e outras mais tranquilas, a região é considerada boa tanto para morar como para fazer exercícios, além de pet friendly. Conta com comércio local por perto, além de uma grande variedade de hotéis e flats. Entre seus destaques estão as instituições culturais, como o Centro Cultural São Paulo, a Casa das Rosas, Japan House, Sesc Paulista e Itaú Cultural, no Paraíso; e a sede da Cinemateca Brasileira, Sesc Vila Mariana e Museu Lasar Segall na Vila Mariana. Além disso, no Parque Ibirapuera se encontram o Museu de Arte Moderna (MAM), o Museu Afro Brasil e o Pavilhão Japonês.

Entre os estabelecimentos educacionais, estão o tradicional Colégio Bandeirantes, o São Luís (sede nova), Maria Imaculada, Liceu Pasteur, Objetivo, Colégio Marista Arquidiocesano e Madre Cabrini. O distrito sedia ainda muitas faculdades, incluindo o Centro Universitário Belas Artes, a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a Faculdade Cásper Líbero e o campus Paraíso da UNIP. “Há também a Escola Santi e uma escola internacional chamada Roberto Norio, no Paraíso, além de instituições bilíngues como a Mapple Bear e a Prime Garden”, completa Suely.
Além disso, a região possui vários centros de saúde, incluindo o Hospital do Coração (Hcor), Beneficência Portuguesa, Oswaldo Cruz, São José e Santa Catarina. Consultórios médicos e laboratórios de análises clínicas também são abundantes. “Há muitos flats nessa região, por conta dos hospitais renomados”, ressalta Suely.

Para a prática religiosa, podem ser citadas a Catedral Metropolitana Ortodoxa (maior templo em estilo bizantino da América do Sul, projetado pelo arquiteto Paulo Taufik Camasmie), a Catedral de Nossa Senhora do Paraíso e a Paróquia Santíssimo Sacramento.
Tanto o Paraíso quanto o trecho de alto padrão da Vila Mariana têm ruas arborizadas e sua maior área verde certamente é o Parque Ibirapuera. Ideal para passear ou praticar atividades físicas, o parque conta com as mais diversas atrações culturais e esportivas. Outras áreas de relevância são a Praça Oswaldo Cruz, a Praça Carlos Gardel (mantida pela Associação dos Amigos das Praças da Rua Curitiba e Entorno, fundada pela R. Yazbek, uma das incorporadoras pioneiras do Paraíso) e a Praça Ayrton Senna.
As opções gastronômicas também não deixam nada a desejar. “Há um restaurante árabe quase 50 anos que se chama Halim, assim como o Tenda do Nilo (uma portinha, mas sempre com fila, pois é um dos melhores árabes da região), o indiano Tandoor, japoneses como o Aizomê na Japan House, o Shin Zushi e o Sushi Kiyo. Há também o italiano Ciao! Vino & Birra e o Dinhos’s, premiado pelo Guia Michelin”, cita Suely. “Essa é uma peculiaridade do Paraíso: a mistura de diferentes culturas. No meu prédio havia pessoas de várias etnias convivendo harmoniosamente – árabes, judeus, italianos, portugueses e japoneses. E todos se integravam muito bem. O bairro tinha também muitos imigrantes alemães, que criaram a Cervejaria Germânica, depois comprada pela Brahma. Mais tarde, esse terreno foi vendido para um empreendimento muito inovador para a época, misturando uso comercial e residencial.”

Também há várias opções gastronômicas de qualidade nos shopping centers da região, como o Pátio Paulista e o Shopping Cidade São Paulo. “O Pátio Paulista, especificamente, foi muito aguardado no bairro. A demanda por um shopping ali era tão grande que ele precisou passar por um processo de expansão. Hoje, ele é muito bem frequentado e conta com diversas grifes internacionais”, salienta a corretora Suely.
Além de estar próxima aos principais pontos comerciais e financeiros da cidade, a região possui um comércio local diversificado, que supre as necessidades dos moradores, incluindo supermercados, padarias, farmácias, agências bancárias e lojas de rua.
Perfil dos imóveis
De acordo com as corretoras da Esquema Imóveis, cerca de 90% das propriedades de alto padrão no Paraíso e na Vila Mariana (próxima ao parque) são apartamentos. Há várias opções de moradia, tanto imóveis mais simples quanto empreendimentos extremamente sofisticados. O perfil dos moradores é de pessoas que valorizam estar perto de tudo, com segurança, mobilidade e cultura à disposição, mas ao mesmo tempo com a tranquilidade do Parque Ibirapuera a alguns passos de distância. São clientes que optam por modos de transporte mais sustentáveis e ecológicos, como metrô e bicicleta, já que a região conta com ciclovias.
“Como se trata de um bairro antigo, os edifícios possuem estilo eclético, com projetos arquitetônicos variados. Há prédios com poucos andares e ao mesmo tempo aqueles mais novos, modernos e automatizados, com infraestrutura de ponta”, destaca Suely.
Quanto ao lazer, os prédios mais antigos possuíam um conceito com maior foco na funcionalidade, por isso contam com opções mais modestas de lazer no condomínio – em geral, piscina, salão de festas e playground. “As pessoas que moravam nessa região costumavam frequentar muito os clubes Pinheiros, Paulistano e Círculo Militar. Quando os bairros começaram a receber novos moradores, que não eram sócios desses clubes, surgiu essa tendência de construir condomínios com lazer de clube”, explicam Suely e Sílvia.
Atualmente, há também um movimento de filhos e netos dos moradores, que optam por comprar apartamentos mais antigos – com ótimas plantas, confortáveis, ambientes amplos e muita luminosidade – para reformar ou modernizar. Segundo as corretoras, esses prédios que estão sendo retrofitados têm investido em melhorias nas suas áreas comuns, para se adequarem às demandas dos dias de hoje.
“Os prédios um pouco mais recentes já são projetados com o conceito de lazer de clube. Inclusive há um empreendimento muito icônico na região, que foi inovador na implantação de um terraço gourmet com lazer. No entorno do parque há prédios com quadra oficial de tênis, quadra de squash, piscina com raia, pet place. Em terrenos maiores, há condomínios que contam até mesmo com bosque e horta”, observa Suely.
O valor do metro quadrado no Paraíso e na Vila Mariana (apenas na região dos arredores do Parque Ibirapuera), de acordo com as corretoras, varia conforme a localização e o tempo de construção do prédio. Na área entre a Alameda Santos e a Rua Tutoia, por exemplo, nos prédios mais novos (com menos de 20 anos), o metro quadrado fica entre R$ 12 e 18 mil, dependendo das condições do apartamento. Nos prédios mais antigos (com mais de 20 anos), nessa parte do bairro, é possível encontrar imóveis em torno de R$ 10 mil o metro quadrado.
Na área que se localiza mais próxima do Ibirapuera, os valores mudam consideravelmente, pois a metragem se torna muito mais valorizada. Em prédios construídos mais recentemente (com até 20 anos), o metro quadrado fica entre R$ 23 e 38 mil. Já nos prédios mais antigos, vizinhos ao parque, o metro quadrado é avaliado em torno de R$ 14 a 17 mil. “As condições dos apartamentos variam muito: os mais baratos geralmente precisam ser modernizados; para os reformados, o metro quadrado é mais caro. Por isso o papel do especialista é tão importante. Temos o conhecimento para avaliar se os valores estão adequados para cada imóvel”, observam as corretoras.
Suely comenta ainda que os empreendimentos nessa região são projetados de modo a “cultuar” o Parque Ibirapuera, buscando sempre o melhor ângulo para o que o verde “entre dentro do apartamento”. Afinal, o grande luxo dessa localização é poder ir até a área verde mais importante da cidade a pé.
Por serem bairros relativamente pequenos, as ruas são calmas e tranquilas. “Não há trânsito e as pessoas podem circular tranquilamente pela região, porque ela é segura”, acrescenta Sílvia. Com ciclovia, diversas opções de transporte e uma diversidade de comércio e serviços, além de um cenário cultural interessante, morar no Paraíso e na área de alto padrão da Vila Mariana é estar entre o agito da Avenida Paulista, onde tudo acontece, e a tranquilidade do Ibirapuera, onde é possível respirar ar puro e apreciar o verde. Os moradores têm à sua disposição o melhor de dois mundos muito distintos, mas que se integram. Afinal, é possível ter qualidade de vida sem precisar se afastar muito da parte mais movimentada da cidade.
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